martedì 15 giugno 2010

A GÍRIA

A gíria faz parte do vocabulário de qualquer língua e consta até mesmo dos dicionários e compêndios vernáculos. Ela não é, de forma alguma o flagelo da linguagem. Quem, um dia, já não usou bacana, dica, cara, chato, cuca, esculacho, estrilar?

O mal reside na adoção da gíria como forma permanente de comunicação, desencadeando processo de esquecimento da linguagem adequada aos padrões correntes da língua e até o desprezo pelo vocabulário oficial. Usada no momento certo, porém, a gíria é um elemento de linguagem que denota expressividade e revela grande criatividade, desde que, naturalmente, adequada à mensagem, ao meio e ao receptor.

Mas observe bem, estamos falando de gíria e não de palavras de baixo calão ou da linguagem rude e mal-empregada das classes baixas, que denotam desrespeito e falta de educação.

Embora seja considerada uma linguagem criativa e expressiva, a gíria só é admitida na língua falada. A língua escrita não a tolera, a não ser na reprodução da fala de determinado meio ou época, com a visível intenção de documentar o fato, ou em casos especiais de comunicação entre amigos, familiares, namorados etc., caracterizada pela linguagem informal.

Portanto, caro leitor, leitora, muito cuidado na utilização da linguagem. Não se deve confundir liberdade com libertinagem. Saber falar e utilizar a linguagem adequada ao meio e ambiente em que se convive é fundamental regra para uma boa convivência.

Zacharias Bezerra de Oliveira

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