giovedì 6 maggio 2010

A DIVISÃO SILÁBICA

A divisão silábica, que em regra se faz pela soletração: a-ba-de, bru-ma, bru-xa, ca-cho, gan-cho, lan-che, lha-no, ma-lha, ma-nha, má-xi-mo, ra-lha, ran-cho, ó-xi-do, ri-nha, ro-xo, tme-se e na qual, por isso, não se tem de atender aos elementos constitutivos dos vocábulos segundo a etimologia (a-ba-li-e-nar, bi-sa-vô, de-sa-pa-re-cer, di-sú-ri-co, e-xâ-ni-me, hi-pe-ra-cús-ti-co, i-ná-bil, o-bo-val, su-bo-cu-lar, su-pe-rá-ci-do), obedece a vários preceitos particulares, que rigorosamente cumpre seguir, quando se tem de fazer em fim de linha, mediante o emprego do hífen, a partição de uma palavra:

1) São indivisíveis no interior de palavra, tal como inicialmente, e formam, portanto, a sílaba para a frente as sucessões de duas consoantes que constituem grupos perfeitos, ou sejam (com exceções apenas de vários compostos com prefixo terminados em b ou d: ap-to, ab-legação - de ab-legar -; ad-ligar, sub-lunar etc., em vez de a-blegação, a-dligar, su-blunar etc.) aquelas sucessões em que a primeira consoante é uma labial, uma velar, uma dental ou uma labiodental e a segunda, um l ou um r: a-blução, cele-brar, du-plicação, re-primir, a-clamar, de-creto, de-glutição, re-grado, a-tlético, cáte-dra, perime-tro, a-fluir, a-fricano, ne-vrose.

2) São divisíveis no interior da palavra as sucessões de duas consoantes que não constituem propriamente grupos e igualmente as sucessões de m ou n, com valor de nasalidade, e uma consoante: ab-dicar, Ed-gardo, op-tar, sub-por, ab-soluto, ad-jetivar, af-ta, bet-samita, íp-silon, obs-tar, ob-viar, des-cer, dis-ciplina, flores-cer, nas-cer, res-cisão, ac-ne, ad-mirável, cac-tus, Daf-ne, diafrag-ma, drac--ma, ét-nico, rit-mo, sub-meter, am-nésico, inte-ram-nense; bir-reme, cor-roer, at-mo, pror-rogar; as-segurar, bis-secular, pror-romper, sos-segar, bissex-to, con-texto, ex-citar, atroz-mente, capaz-mente, infeliz-mente; am-bição, desen-ganar, en-xame, man-chu, Mân-lio etc.

3) As sucessões de mais de duas consoantes ou de m ou n, com o valor de nasalidade, e duas ou mais consoantes são divisíveis por um de dois meios: se nelas entra um dos grupos que são indivisíveis (de acordo com o preceito 1º), esse grupo forma sílaba para diante, ficando a consoante ou consoantes que o precedem ligadas à sílaba anterior; se nelas não entra nenhum desses grupos, a divisão dá-se sempre antes da última consoante. Exemplos dos dois casos: a) cam-braia, ec-tlipse, em-blema, ex-plicar, in-cluir, ins-crição, ins-truir, subs-crever, trans-gredir; b) abs-tenção, disp-neia, in-terste-lar, lamb-dacismo, sols-ticial, Terp-sícore, tungs-tato, tungs-tênio/tungs-ténio.


Ectlipse, do grego ektlípsis = ato de esmagar. É a elisão do m final de
certos vocábulos, quando se lhes segue uma vogal. Por ex.: côa em vez de “com
a”. A ectlipse ocorre mais na poesia por necessidade métrica: co’os filhos, co’a
luz, em vez de: com os filhos, com a luz. Camões usou muito bem a ectlipse:
“E vós, Tágides, minhas, pois criado
Tendes em mi um novo engenho ardente,
Se sempre em verso humilde celebrado
Foi de mi vosso rio alegremente,
Daí-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloco e corrente,
Por que de vossas águas Febo ordene
Que não tenham inveja às
de Hipocrene” (Lusíadas, Canto I, Estr. 4). (Lisboa, 1ª. Edição, 1572).

4) As vogais consecutivas que não pertencem a ditongos decrescentes (as que pertencem a ditongos deste tipo nunca se separam: ai- roso, bei- rões, cadei- ra, chei- rosas, cimei- ra, escrivães, insti- tui, ora- ção, sacris- tães, traves- sões) podem, se a primeira delas não é u precedido de g ou q, e mesmo que sejam iguais, separar-se na escrita: ala- úde, áre- as, ca- apeba (do tupi: ka’a = folha, erva + peua = chato, designação de diversas plantas da família das piperáceas), co-ordenar, do- er, flu- idez, perdo- as. O mesmo se aplica aos casos de contiguidade de ditongos, iguais ou diferentes, ou de ditongos vogais: cai- ais, cai- eis, ensai- os, flu- iu.

5) Os diagramas gu e qu, em que o u não se pronuncia, nunca se separam da vogal ou ditongo imediato, ex.: ne- gue, ne- guei, pe- que, pe- quei, do mesmo modo que as combinações gu e qu em que o u se pronuncia: á- gua, ambí- guo, iní- quo, oblí- quo, averi- gueis, longín- quos, lo- -quaz, quais-quer.

6) Na tansliteração de uma palavra composta ou de uma combinação de palavras em que há um hífen, ou mais, se a partição coincide com o final de um dos elementos ou membros, deve por clareza gráfica, repetir-se o hífen no início da linha imediata: ex- / -alferes, serená-los-emos, couve- / -flor, amá- / -lo, fazê- / -lo, vice- / -almirante etc.

Atenção: Os atuais programas de computador não aceitam essa repetição do hífen na linha seguinte. Mas, com certeza, os técnicos solucionarão esse problema.

Nessun commento:

Posta un commento