domenica 21 febbraio 2010

A arte de educar

Aristóteles (384-322 a. C.) já dizia que a educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces. O cotidiano na sala de aula mostra-nos que a prática docente é um permanente desafio epistemológico, social, estrutural e até ecológico no que constitui a relação professor-aluno. Na escola moderna o aluno é considerado e tratado como um “cliente” muito especial que paga caro por um serviço que ele espera ter mesmo sem apresentar a contrapartida que é estudar. Estes muitas vezes não possuem noções de limites, direitos e deveres, nem de ecologia humana.
A pedagogia de Paulo Freire (1983) requer hoje um educador ou educadora “percebedor/a” e “problematizador/a” da realidade. É preciso conhecer essa realidade e respeitar a individualidade de cada aluno, de cada aluna. São necessários envolvimento, inclusive emocional, e um código de convivência, ajuda e respeito mútuos. O ensino não é uma via de mão única. Como diz Paulo Freire: “Não há saber mais ou saber menos, há saberes diferentes”. Todos nós temos algo a aprender e a ensinar. Cabe aos mestres mostrar isso, com a ajuda da música, do teatro, da arte e da ação-razão para, pouco a pouco, ir obtendo o envolvimento da classe e transformando-a pelo saber e aprendizado. Ensinar é uma arte de difícil compreensão.
A partir de hoje vamos falar neste espaço sobre educação, língua portuguesa e as novas normas ortográficas, que já estão em vigor nos países lusófonos. O Acordo Ortográfico já está em vigor e, embora ainda em fase de transição, já começa a ser exigido em provas de concursos, vestibulares, Enem e nos livros didáticos. Portanto é sobre o Acordo que postaremos o nosso próximo comentário. Até lá.

Zacharias Bezerra de Oliveira

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